quarta-feira, 1 de abril de 2009

segunda-feira, 16 de março de 2009

Quem te viu quem te ve

Esquerda vence eleições em El Salvador




Mauricio Funes da Frente Farabundo Martí para a Liberação Nacional (FMLN), venceu as eleições para presidente em EL Salvador.Derrotou o conservador de direita Rodrigo Avila, da governista Aliança Republicana Nacionalista (ARENA).


O partido da FMLN foi fundado por combatentes do movimento guerrilheiro que atuaram na Guerra Civil no país entre 1980 a 1992.Quando assinaram os Acordos de Paz de Chapultepec, o que permitiu sua entrada, da FMLN no cenário político-eleitoral de El Salvador.Enquanto o principal partido era a ARENA que havia vencido todas as eleições desde 1992.

São as mudanças se fazendo presente na América Central.

terça-feira, 10 de março de 2009

Mais Charges

As cidades da Copa

A revista Placar antecipou a escolha das cidades sedes para a copa do mundo de 2014 no Brasil
Para a Revista: "Tomando por base escolhas obrigatórias de metrópoles e o critério utilizado pela Fifa de abranger todo o Brasil, Placar apurou e antecipou as cidades escolhidas para abrigar a Copa. A única dúvida fica entre Belém, pela tradição da rivalidade entre Paysandu e Remo, e Manaus, a ‘capital da Amazônia
Assim, as 12 cidades-sede serão: Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Cuiabá, Brasília, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza e Belém ou Manaus."

Como vemos Curitiba com toda a certeza estará entre as escolhidas.


Fonte: http://placar.abril.com.br/jornal-placar/placar-antecipa-cidades-escolhidas-copa-151925_p.shtml

domingo, 8 de março de 2009

Saudades da terrinha





Por do Sol no Lago

Charges MST





MST e dinheiro público


Em vez de se ater às questões relativas ao governo da Magistratura e às jurisdicionais, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, avança o sinal a todo instante e encarna o papel de um Luís XIV de toga.

Num Estado de Direito, com sistema de freios e contrapesos, o prestígio do Judiciário é reduzido quando o chefe desse poder, no caso Gilmar Mendes, passa a opinar sobre tudo. Pior, Mendes usa argumentos de autoridade. Critica outros poderes, instituições e seus representantes.

Nesta semana, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, resolveu responder às críticas de Gilmar Mendes sobre repasses de verbas governamentais que chegam ao MST e em face das invasões de fazendas em Pernambuco, com quatro mortes, e no Pará, estas do Grupo Opportunity, de Daniel Dantas.

Mendes, prejulgando, havia dito, que “a lei é muito clara. Não pode haver dinheiro público a subsidiar tais movimentos, que agem contra o Estado de Direito. Dinheiro público para subsidiar ilicitude é ilicitude”. O procurador Souza respondeu ser preciso investigar e examinar provas antes de se concluir sobre legalidade e estar o Ministério Público debruçado em várias apurações.

O procurador-geral mostrou como se deve atuar em um Estado de Direito. Depois dessa lição, o presidente do Supremo partiu para a insolência: “Claro que não podemos esperar. Do contrário, daqui a pouco, vamos ficar celebrando missa de sétimo dia, de um ano. Estamos falando de mortes”.

Nessa réplica, Mendes esqueceu do ritmo de “lesma reumática” do Judiciário. Deve ter se lembrado, apenas, da celeridade com que emprestou aos habeas corpus do paciente Daniel Dantas, quando até usou da comunicação telefônica para cobrar informações do juiz Fausto De Sanctis.

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=6&i=3524

No Dia Internacional da Mulher: pelo direito ao aborto, contra o obscurantismo

O direito jurídico à igualdade veio do direito ao voto das mulheres. Mas os passos decisivos para a emancipação feminina vieram com o divórcio, a pílula e o direito ao aborto. No seu conjunto contribuíram a que as mulheres possam dispor do seu próprio corpo e, em parte, da sua vida. Nada mais era fatal e eterno: nem o casamento, nem a gravidez, a sexualidade se separava da reprodução.

A reação conservadora teve seu epicentro nos EUA – no governo Reagan – com a criminalização do aborto. Conseguiram reverter, na opinião pública – a imagem positiva do direito ao aborto – o direito da mulher dispor do seu próprio corpo – buscando transformá-la em algo negativo: a morte do feto, com as intermináveis discussões sobre se o feto continha uma alma e colocava o movimento feminista na defensiva, tendo que se justificar. Bandos violentos passaram a atacar a médicos que faziam o aborto.

A Igreja teve papel importante e os cristãos de esquerda foram submetidos a dilemas: como religiosos, teriam que se opor ao aborto. Como militantes de esquerda – seja pelo direito da mulher, seja pelas razões sociais, de que a grande maioria os abortos são realizados por mulheres pobres, em condições que afetam perigosamente sua saúde.

A atitude da grande maioria das pessoas de esquerda foi a de separar sua fé cristã da política social e pronunciar-se pelo direito ao aborto. Até porque quem não quiser apelar para ele, tem todo o direito de não fazê-lo. O que não é possível, em um Estado democrático e laico, é cercear a todos de um direito, porque os religiosos o vetam.

Além de que ninguém, em sã consciência, recomenda que alguém faça um aborto, uma experiência inegavelmente dolorosa. Porém do que se trata é de aprovar o direito. Um direito não é um dever. Acolhe-se a ele, quem quiser. O que não pode seguir acontecendo é o cinismo de que realizam-se diariamente milhões de abortos, que é uma realidade inquestionável. Porém as mulheres de classe média e da burguesia, fazem com cuidados médicos, pagando, protegendo-se, enquanto as outras são submetidas a condições de risco grave, que costumam deixar seqüelas muito profundas.

No Brasil existe uma lei que aceita o aborto legal em alguns casos particulares. Seria necessário universalizar esse direito.

O absurdo do tema retornou nesse caso assustador, em que uma menina de 9 anos ficou grávida pela violação do seu pai, foi submetida a um aborto e a equipe médica foi excomungada pela Igreja. Uma atitude obscurantista, que nenhuma pessoa civilizada pode aceitar. Uma instituição medieval, machista, em que as mulheres são consideradas seres inferiores, quer impor seus critérios sobre o conjunto da sociedade. Os religiosos, que acreditam que devam submeter-se disciplinadamente aos ditames dessa instituição, que o façam.

A separação da Igreja do Estado é uma conquista irreversível da democracia. As razões religiosas podem orientar decisões privadas das pessoas, mas nunca definir critérios para a cidadania em sociedades democráticas e republicanas.

Que o Dia Internacional da Mulher sirva para a condenação dessa atitude obscurantista da Igreja e reforce a luta pelo direito da mulher de decidir sobre seu corpo e sobre sua vida.

Postado por Emir Sader às 15:10

Fonte:http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=282

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Manifestação põe 'Folha' e 'ditabranda' no devido lugar






Procura-se uma nova máscara para a Folha de S.Paulo. A fantasia de “jornal a serviço do Brasil”, “crítico, pluralista e apartidário”, “de rabo preso com o leitor”, foi desfiada de vez neste sábado (7), em ato promovido pelo Movimento dos Sem Mídia (MSM), em frente à sede da própria Folha, em São Paulo.

Os manifestantes — cerca de 500 pessoas — denunciaram os laços íntimos entre a família Frias, proprietária do jornal, e a ditadura militar (1964-1985). Fizeram mais: renderam homenagens às vítimas dos “anos de chumbo” e rechaçaram o termo “ditabranda”, evocado pela Folha para relativizar o regime totalitário. Eram ex-presos políticos e familiares de vítimas da ditadura, lideranças partidárias, ativistas dos mais diversos movimentos da sociedade civil e de organizações não-governamentais.



Havia até um leitor da Folha, Adilson Sérgio, que não se contentou em mandar mensagens ao jornal, foi à manifestação e pediu a palavra. “Vim aqui em nome de meus filhos e netos, que precisam saber a verdade. Ditadura é ditadura. Ditabranda é a porra”, disparou, indignado.



Antes do ato, a Rua Barão de Limeira já estava tomada por faixas e cartazes que antecipavam o tom do protesto. “Folha, ditabranda nunca existiu. Ditadura nunca mais”, dizia uma das faixas. “De rabo preso com o feitor”, ironizava um cartaz. “‘Ditabranda’? No dos outros é refresco”, enunciava uma mensagem mais audaciosa.



“Com esse ato, queremos estimular a sociedade a sair da afasia, da letargia”, explicou o presidente do MSM, Eduardo Guimarães, antes de ler para o público o manifesto “Pela Justiça e pela Paz no Brasil”. Segundo Eduardo, “depois de 20 anos de ditadura, as pessoas no Brasil têm medo de se manifestar. Mas não podemos ficar quietos”.



“Ditabranda”



O manifesto do MSM cita dois editoriais da Folha. Um deles, assinado por Octávio Frias de Oliveira e publicado em 22 de setembro de 1971, exalta o “governo sério, responsável, respeitável” de Emílio Garrastazu Médici — o mesmo governo que massificou a tortura e a repressão por meio da Operação Bandeirantes (Oban). O texto comemorava ainda um Brasil “de onde a subversão” era “definitivamente erradicada, com o decidido apoio do povo e da imprensa.”



O segundo editorial, de 17 de fevereiro passado, desqualifica o presidente venezuelano Hugo Chávez em favor dos generais-presidentes da ditadura brasileira. “As chamadas ‘ditabrandas’ — caso do Brasil entre 1964 e 1985 — partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou instituíam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça”.



O conceito de “ditabranda”, tão falso quanto uma nota de R$ 3, foi repudiado por centenas leitores da Folha e personalidades como a professora Maria Victória Benevides e o jurista Fábio Konder Comparato. Aos dois em particular, a Folha esgarçou o desaforo, classificando a indignação deles de “cínica e mentirosa”. O ato deste sábado lhes prestou solidariedade.



Uma das presenças mais surpreendentes na manifestação foi a do padre Júlio Lancelotti, alvo recente de calúnia e difamação na grande mídia. “Deixei uma peregrinação porque fiz questão de vir para rezar aqui”, afirmou Lancelotti, que criticou o termo ditabranda — “os mortos morreram do mesmo jeito”. Segundo o padre, “a imprensa nos tortura psicologicamente, estupra a consciência do povo”.



O caso Roque



O advogado criminalista Egmar José de Oliveira, da Comissão Anistia do Ministério da Justiça, contestou a “brandura” do regime militar com o exemplo de duas professoras — uma de Santos, outra do Rio de Janeiro — que foram sequestradas e abusadas pelo regime. Segundo Egmar, um dos próximos objetivos da comissão é investigar quais foram os empresários que ajudaram a bancar a Oban. “Os Frias que se cuidem.”



Ex-presos políticos, como o sindicalista Toshio Kawamura e os jornalistas Celso Lungaretti e Ivan Seixas, fizeram depoimentos emocionantes. “Se foi só ditabranda, onde estão meus companheiros?”, questionou Toshio, aos prantos, citando nomes de diversos militantes mortos pelo regime.



Ivan relatou uma das mais marcantes demonstrações de colaboracionismo da família Frias. Em 1971, ele e o pai — o metalúrgico Joaquim Alencar de Seixas, conhecido como Roque — foram presos e torturados no DOI-Codi. Na madrugada de 17 de abril, durante um “passeio” com policiais, Ivan conseguiu avistar, na capa do jornal Folha da Tarde, a notícia de que seu pai havia morrido.



Quando voltou para a prisão, porém, encontrou Roque ainda vivo, mas prestes a ser morto. O jornal dos Frias sabia de antemão da morte e, a serviço da Oban, precipitou a divulgação. De quebra, o veículo que transportava Ivan no “passeio” era também do grupo Folha.



“Falo aqui em nome de companheiros presos, companheiros torturados, companheiros assassinados, e em nome das pessoas transportadas ou capturadas em emboscadas por carros da Folha”, disse Ivan no ato. “Otavinho (Otávio Frias Filho, atual diretor de redação da Folha de S.Paulo e filho de Octávio Frias de Oliveira) tem algo em comum comigo: nós dois honramos a luta de nossos pais.”



Cerca de 345 pessoas assinaram a lista de presença. Outros tantos passaram em algum momento pelo ato, que começou a receber manifestantes às 9h30 e se estendeu até as 12h30. Apesar disso, um tal de tenente Crisóstomo, da Polícia Militar, estimou o público em “umas 65 pessoas, no máximo 70”. E debochou, rindo: “Mas, se você perguntar para eles, vão falar um milhão”. Um consolo, enfim, para a Folha: havia alguém ali à altura de sua desfaçatez.



De São Paulo,
André Cintra



Fotos: Jailton Garcia

Fonte:http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=52009

sexta-feira, 6 de março de 2009

PCdoB do Paraná aponta a necessidade de união das forças progressistas para vencer a crise

Publicado Originalmente no Portal Vermelho

Reunida no último sábado (28), em Curitiba, na sede estadual do Partido, a Comissão Política do PCdoB do Paraná analisou o quadro político, com destaque para a atual crise sistêmica do capitalismo e seus efeitos na vida dos trabalhadores, definiu eixos de atuação política e esboçou o projeto eleitoral do partido para 2010. Além disso, planejou as atividades partidárias para o ano em curso, com ênfase para a Campanha Mais PCdoB de estruturação partidária.

Segundo o presidente estadual da legenda, Milton Alves, a resolução aprovada (em anexo), indicou a necessidade de uma ação política mais abrangente, tendo em conta as mudanças em curso na política do estado. ''O PCdoB acompanha com atenção a movimentação das forças políticas no estado, no entanto, o essencial é tratarmos do nosso projeto eleitoral para 2010 e batalhar para assegurar um espaço político próprio, reafirmando os nossos
objetivos políticos de acumulação e expansão'', assinalou o dirigente.

Outro ponto alto das decisões da reunião foi o lançamento da Campanha Mais PCdoB de estruturação partidária, que visa o fortalecimento organizativo e político do PCdoB no estado. Segundo o secretário de organização, Joel Benin ''a Campanha Mais PCdoB busca tonificar os comitês municipais, ampliar as filiações e mobilizar a militância no ano da conferência estadual e do 12o. Congresso. Toda uma agenda de lançamentos nas regiões foi aprovada''(em anexo). O lançamento estadual da campanha ocorrerá no dia 14 de março em Curitiba, informou Benin.


Projeto eleitoral 2010


A resolução aprovada indica a necessidade da união do campo político progressista no estado e delineou o projeto do PCdoB para as eleições de 2010. Para Ricardo Gomyde, vice-presidente do PCdoB ''o partido no Paraná vai lutar para conquistar representações na Câmara de Deputados e na Assembléia Legislativa. A preparação e a execução do projeto começa desde de já. Temos todo um trabalho de filiação de lideranças com densidade
eleitoral pela frente''.


A reunião contou também com a presença de parlamentares e do vice-prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro. Foram aprovados ainda um conjunto de encaminhamentos sobre o funcionamento dos comitês municipais e do secretariado estadual, além de aprovada a agenda de atividades do partido para o ano de 2009.



Leia a íntegra da resolução:



Resolução da Comissão Política sobre o quadro político, o projeto eleitoral de 2010 e a Campanha Mais PCdoB


a) Conjuntura


I. O mundo é marcado neste momento por uma ampla, profunda e extensa crise do sistema capitalista. Trata-se de uma crise sistêmica, que abarca tanto os países centrais, como os da periferia do capitalismo, uma crise de alcance global. É a de maior dimensão desde a de 29.


Grandes corporações, ramos econômicos inteiros, países e povos são arrastados pelo vendaval do desastre, que teve como epicentro a ciranda especulativa, provocada por banqueiros e financistas norte-americanos.



É do resultado da crise e dos seus impactos nos terrenos econômico, social e político que teremos novos desdobramentos nas lutas sociais de caráter transformador nesta primeira quadra do século XXI.


A crise apresenta também um aspecto ideológico, deitou por terra os paradigmas do neoliberalismo, modelo feroz de acumulação capitalista aplicado em escala global a partir dos anos 70. Aos comunistas e as massas trabalhadoras do mundo cabe a resistência e a luta decidida em defesa dos direitos econômicos e sociais duramente conquistados.


II. Na América Latina, ocorre um processo diferenciado de resistência, com a assunção de diversos governos progressistas e de esquerda. Venezuela, Bolívia,
Equador, Nicarágua, Argentina, entre outros, adotam fortes políticas de ação estatal na economia ao lado de amplos programas de inclusão social. Alguns países apontam claramente para a construção de um modelo alternativo com integração e afirmação soberana. A exemplo da articulação da Alternativa Bolivariana (Alba).


III. No Brasil, é sobre os efeitos da crise que vai tomando contorno o curso da luta política. O presidente Lula, com alta popularidade (84%), adota medidas anticrise, algumas de matriz desenvolvimentista, estimula a manutenção dos empregos, fomenta políticas de geração de renda, No entanto, é na esfera da política macro-econômica que residem as resistências dos setores vinculados ao sistema financeiro, como por exemplo: a política de juros praticada pelo Banco Central.


O PCdoB tem apresentado um conjunto de alternativas para enfrentar e vencer os efeitos da crise, dando ênfase para a manutenção do crescimento,(PAC, programas sociais), defesa da renda e do emprego dos trabalhadores, forte redução dos juros (taxa Selic) e um novo pacto político para consolidar as atuais conquistas e abrir um ciclo acelerado no desenvolvimento econômico e social no país.


A oposição conservadora (PSDB, DEM e PPS) aposta as suas fichas na pretensa incapacidade do governo de conjurar a crise, suas lideranças e o seu principal candidato a presidência, o governador de São Paulo José Serra, requentam velhas e surradas propostas.


IV. No plano do debate político, a sucessão presidencial concentra as atenções. O quadro nacional apresenta uma polarização de forças. O PT privilegia uma aliança com o centro do espectro político. O PMDB fortalecido pelo resultado eleitoral do último período(eleições municipais) e pelo controle do Congresso aumentou o seu cacife e vai jogar um importante papel no processo sucessório. O PMDB também é disputado pela oposição.


Do ponto de vista do PCdoB é necessário mais do que nunca a unidade do campo de esquerda e dos setores mais progressistas da atual aliança que governa o país. O PCdoB realiza um esforço para consolidar o bloco de esquerda (PCdoB, PSB, PDT, PRB e PMN), com o sentido de apresentar uma alternativa política para a sucessão de Lula, baseada na consecução de um modelo econômico e social de acelerado crescimento econômico com distribuição de renda.


b) Projeto Eleitoral -2010


I. O PCdoB, no seu esforço de acumulação de forças, vai concentrar os seus objetivos na ampliação de sua representação na Câmara dos Deputados, elegendo o maior número possível de deputados federais. Este objetivo é o centro do nosso trabalho político. A disputa de espaços majoritários será condicionada pelo foco do objetivo prioritário.


Na última reunião da Comissão Política(Dez/08) apontamos alguns elementos de um projeto eleitoral, visando contribuir para esse esforço nacional do partido.


O projeto eleitoral do partido no Paraná terá como eixo estruturante a eleição de um deputado federal (objetivo prioritário) e de deputado estadual (objetivo complementar).


Na disputa pela conquista de uma representação na Câmara de Deputados poderemos, se for o caso, adotar um esforço de concentração no sentido de aperfeiçoar o projeto eleitoral. Já para a disputa de uma representação na Assembléia Legislativa vamos incentivar o lançamento do maior número possível de candidatos, até mesmo uma chapa própria. A completa integração das campanhas das candidaturas dos estaduais com as candidaturas a deputado federal, visará ampliar o volume e a capilarização da campanha do partido, aumentando as nossas possibilidades de êxito.


Ainda no aspecto da construção de uma estratégia eleitoral indicamos a necessidade de coligação proporcional. Também orientamos para as direções partidárias em todos os níveis (comitê estadual, comitês municipais e direções macro-regionais) acelerar o processo de indicações para a composição da nominata de candidatos.


Para auxiliar o trabalho de indicações e incentivos às pré-candidaturas, bem como a avaliação de possibilidades de ingressos de novos camaradas visando candidaturas, a Comissão Política propõe a formação de uma Comissão de Trabalho Eleitoral a ser formada no âmbito do Comitê Estadual.

II. Sobre a política de alianças, ainda o quadro no estado se apresenta de maneira indefinida e em fase de mudanças. Os principais blocos políticos e as mais expressivas lideranças partidárias atravessam um período de definição de rumos. Ilustram este quadro, a situação do PMDB - conflitado e dividido. A fragmentação do bloco formado em torno do senador Osmar Dias para as eleições de 2006, então composto pelo PSDB, DEM, PPS e PP. A forte ascensão do prefeito de Curitiba Beto Richa e o encolhimento dos objetivos do PT. Porém, as injunções da disputa nacional incidirão fortemente no desdobramento do cenário político do estado.


As forças políticas representadas pelo atual governador Roberto Requião podem jogar ainda um papel de relevância no processo sucessório, até mesmo como fator de desequilíbrio entre os blocos em contenda.


Outra importante definição em curso passa pela movimentação de Osmar Dias (PDT), hoje se distanciando de sua anterior base de alianças e em processo de franca aproximação com o PT. Ou seja, no momento devemos levar em conta o desenvolvimento do quadro político, acompanhando os seus desdobramentos futuros e imediatos.


O PCdoB definirá sua política de alianças tendo em conta em primeiro lugar os seus objetivos de acumulação e expansão de forças, e em segundo lugar, e essencial, a consolidação de um campo de forças de esquerda e progressista no Paraná e no país, que passa pelo isolamento das forças conservadoras e antipopulares compostas pelo PSDB e DEM.


Toda essa estratégia só será viável e possível com a criação de uma forte base material (fundo de campanha) e a potencialização das nossas relações políticas e sociais, que amplie o nosso arco de interlocução na sociedade paranaense.


c) Campanha Mais PCdoB


Para assegurar os nossos objetivos políticos é decisivo estruturar mais e melhor o partido no estado. A Campanha Mais PCdoB, no ano 12° Congresso do partido, visa fortalecer e tonificar os comitês municipais, alargar as fileiras partidárias, instituir um sistema de financiamento da atividade partidária, com base no SINCOM e de outras receitas, e incrementar a comunicação e a formação militante. Para a execução da campanha propomos que durante os meses de março e abril sejam realizadas as reuniões macro-regionais de lançamento e mobilização da militância. O período de aniversário do partido será um momento fundamental para lançar a campanha a nível estadual.


A Campanha Mais PCdoB deve ser o ''guarda chuva'' de todas as nossas ações e iniciativas de estruturação partidária no ano em curso.


Comissão Política do Comitê Estadual


Curitiba, 28 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 5 de março de 2009

As lutas contra o neoliberalismo nos anos 90

Vários veículos de comunicação noticiaram no dia de ontem que nos Estados Unidos, 697 mil trabalhadores foram demitidos nas empresas privadas no mês de fevereiro de 2009. Somando ao mês de janeiro este número ultrapassa 1,3 milhão de pessoas desempregadas na terra do capitalismo.
Esta onda de desemprego gerada pela crise afetou muito mais os países que seguiram a risca a cartilha neoliberal, principalmente privatizando as estatais. Se o Brasil tivesse privatizado todas as estatais como queriam os neoliberais do DEM, do PSDB e os especuladores internacionais, estariam vivendo uma crise de desemprego semelhante a que os EUA e muitos países da Europa estão passando hoje. Pois estes se desfizeram de praticamente todas as estatais e agora são refém da crise gerada por eles próprios.
Enquanto militante estudantil na década de 90, participei de inúmeras manifestações contra as privatizações das estatais, processo iniciado por Collor e seguido por Itamar e FHC. Em muitos embates fomos derrotados, como da privatização da Vale do Rio do Doce, das companhias telefônicas, da CSN. Porém conseguimos barrar a privatização de outras importantes estatais defendo a soberania nacional. Que podemos destacar o Banco do Brasil, que hoje esta promovendo uma espécie de estatização de bancos privados. A Caixa Econômica Federal que financia vários programas sociais por ser do governo, caso contrário não se envolveria. Principalmente a Petrobrás, que é uma das grandes responsáveis pelo desenvolvimento de tecnologia brasileira. Não poderia deixar de mencionar a grande luta do povo paranaense em 2001, para não deixar privatizar a nossa COPEL.
Por essas e por outras razões que me sinto extremamente feliz por ter participado destas lutas encampadas pelos movimentos sociais que ajudaram o Brasil dos dias atuais a enfrentar a crise.
Lisandro Cesar Vieira
Professor de História
Vice-Presidente do PCdoB Guarapuava.

Collor e Renan, a volta da dupla dinâmica

Ontem no Senado Federal elegeu o ex Presidente Fernando Collor de Mello que sofreu o impeachment em 1992 como novo presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado Federal.
Esta vitória em cima da senadora Ideli Salvatti (PT-SC) só ocorreu em função de um acordo feito para a eleição do Senado entre o PMDB de Renan Calheiros e o PTB, do agora senador Fernando Collor. O PMDB contou com os votos do PTB, em troca o PMDB bancaria o nome de Collor para presidir a comissão, o DEM também apoiou Collor..
Tradicionalmente dentro do senado a escolha do presidente das comissões era feita com base na proporcionalidade dos partidos, sendo assim caberia naturalmente ao PT a indicação para esta comissão. O fato mais estranho disso tudo foi o posicionamento do PSDB, que votou com o PT, por concordar com o que sempre foi estabelecido. Com podemos confirmar com esta declaração do senador Arthur Virgílio do PSDB “O que mais me contestou neste episódio todo, foi o precedente que abriram com a queda do principio da proporcionalidade, isso que é imperdoável “.
Em seu pronunciamento Collor tentou elogiar Ideli Salvati. “É uma pessoa que congrega, agrega, cisca para dentro", definiu.
O senador Aloizio Mercadante defendeu a senadora dizendo quem cisca é galinha, “Essa expressão não faz parte da história nem da biografia e nem do mandato dela". Mercadante também qualificou essa aliança de “espúria”.
Contudo, podemos discordar do senador Mercadante, devemos lembrar que historicamente estes dois personagens já foram grandes aliados no passado.
Renan Calheiros surgiu no cenário nacional em 1989 durante a campanha do candidato Fernando Collor à Presidência da República. Quando do impeachment, fazia parte da "tropa de choque" que defendia Collor.
Segundo Chico Bruno do Folha do Amapá, “Com a queda de Collor em 1992, Renan Calheiros, aos poucos, foi se recompondo politicamente, sempre apegado aos governos de plantão. Começou com Itamar Franco, atravessou FHC, chegando a ministro da Justiça, e desaguando no apoio a Lula em 2003.” Ou seja antigos aliados articulando conjuntamente agora.
O que o PMDB esta fazendo é mostrando sua verdadeira face, o que esta se tornando um grande problema para o PT , para Lula e principalmente para a sucessão presidencial. Os caciques do PMDB caminham na direção de seus velhos companheiros do passado.
Vamos citar alguns caciques deste partido, começando pelo presidente da Câmara Michel Temer, passando pelo presidente do Senado e Ex presidente da República José Sarney, mais o senador Renan Calheiros, Orestes Quércia. Joaquim Roriz do Distrito Federal que renunciou no senado em 2007 para não ser cassado, quando Sarney foi presidente nomeou Roriz como Governador. Outra figura pitoresca o ex governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, o atual ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima, a senadora Roseana Sarney, o ministro das Minas e Energia, Edson Lobão. Do agora polemico senador Jarbas Vasconcelos que fez várias denuncias a seu partido, do líder do governo petista no senado,Romero Jucá de Roraima, do senador Pedro Simon, da deputada Rita Camata. De Jader Barbalho aquele de vários escândalos, entre eles a briga com o ex presidente do senado Antonio Carlos Magalhães no caso dos votos do painel eletrônico, Barbalho acabou sendo preso pela Polícia Federal em 2002. Do deputado Ibsen Pinheiro, do prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes, que já foi líder do governo FHC na Câmara Federal. Enfim, entre tantos outros que antes do Governo Lula, faziam parte da base aliada de FHC, outros do período de Collor, depois de Itamar.Ou seja, sempre fizeram do PMDB um grande balcão de negócios.
O PT ao abrir tanto espaço no governo para o PMDB lhe dando 6 ministérios, além de vários cargos importantes no Governo Federal, em nome da governabilidade acabou se tornando refém desta política imposta pelo PMDB.
Diante de tudo é muito pertinente os debates iniciados pelo Bloco de Esquerda no Congresso Nacional, formado pelos partidos PCdoB, PSB, PDT, PMN, PAN e PRB, para que a base aliada do governo Lula tenha mais de um candidato ao planalto, e Ciro Gomes está se apresentado como possível candidato deste grupo.
Só assim o PT aprenderá a valorizar quem realmente são seus companheiros, então senador Mercadante esta aliança entre Renan e Collor não é espúria, e sim o realimento natural dos que sempre tiveram as benesse do Estado.
Para encerrar esta breve analise, vejamos o depoimento do senador do PMDB de Minas Gerais Wellington Salgado, ontem na seção do senado “ Se Tim Maia tivesse vivo falava, só não vale homem com homem e mulher com mulher, o resto vale” . Além de preconceituoso este depoimento corrobora com a afirmação de que o PMDB é um balcão de negócios, esdrúxulos é claro.

Lisandro Cesar Vieira
Professor de História
Vice- Presidente do PCdoB de Guarapuava.

O pensamento Retrógrado ainda persiste

Nesta primeira semana de março uma noticia se tornou bastante polêmica na mídia nacional, o caso da menina de 9 anos que foi estuprada pelo padrasto e acabou engravidando. A equipe médica que atendeu a menina realizou o aborto, fundamentados na lei que permite somente dois tipos de situações para que se possa realizar legalmente o aborto, se for estupro ou se tiver risco de vida. Segundo a equipe médica ela se enquadrava nas duas situações e por isso realizaram o aborto. Segundo a direção do hospital, " se a gravidez continuasse, o dano seria pior, podendo levar a uma gravidez de alto risco. O risco existiria até de morte ou de uma sequela definitiva de não poder mais engravidar”, explicou o médico Olímpio Moraes.
Como o tema aborto ainda é muito polêmico, pois em nossa sociedade a igreja católica tem grande influência, logo aparece o Arcebispo de Olinda e Pernambuco, declarando que estava excomungando os parentes e a equipe médica envolvida no caso, menos a menina que pela pouca idade não podia responder por si.
Dom José Cardoso Sobrinho afirmou que, aos olhos da Igreja, o aborto foi um crime e que a lei dos homens não está acima das leis de Deus.
O problema é que a “lei de Deus” também foi escrita por homens, e diga se passagem há muito tempo.
Devemos lembrar que os textos que compõem a Bíblia foram escolhidos no Concílio de Nicécia em 325 D.C., o primeiro concílio realizado.
Este concílio foi realizado com as bênçãos do Imperador Constatino.
Segundo o escritor Roberto Junior, “O Imperador Constantino, estadista sagaz que era, inverteu a política vigente, passando, da perseguição aos cristãos, à promoção do Cristianismo, vislumbrando a oportunidade de relançar, através da Igreja, a unidade religiosa do seu Império. Contudo, durante todo o seu regime, não abriu mão de sua condição de sumo-sacerdote do culto pagão ao "Sol Invictus". Tinha um conhecimento rudimentar da doutrina cristã e suas intervenções em matéria religiosa visavam, a princípio, fortalecer a monarquia do seu governo.”
Ou dos pontos principais deste Concílio tratou dos textos que deveriam compor a Bíblia Sagrada. Os textos que foram escolhidos remetem somente a Jesus Cristo Divino , aqueles textos que retratavam o Jesus Cristo humano de carne e osso foram rejeitados. Diga se passagem esta escolha foi feita por uma minoria, pois aqueles que demonstrasse alguma oposição eram expulsos do Concílio como aconteceu com vários Bispos Egípcios que se opuseram as orientações de Constantino.
Para Roberto Junior “Os teólogos justificaram essa doutrina estranha da divinização de Jesus, colocando no Credo a seguinte expressão sobre Jesus Cristo : “Gerado, não criado”. Mas, se foi gerado, Cristo não existia antes de ser gerado pelo Pai. Logo, Ele não é Deus, pois Deus é eterno ! Espelhando bem os novos tempos, o Credo de Nicéia não fez qualquer referência aos ensinamentos de Jesus. Faltou nele um "Creio em seus ensinamentos", talvez porque já não interessassem tanto a uma religião agora sócia do poder Imperial Romano.”
Como comprovamos, as leis de Deus também foram escritas pelos homens e com muitos interesses não discutidos nos dias de hoje, enfim as leis homens como as de Deus foram escritas por seres humanos, diferente da afirmação do Bispo conservador inquisidor Dom José Cardoso Sobrinho.
Lembramos a este bispo que estamos no ano de 2009, e por mais influência que ainda a igreja possua, ela precisa rever certos dogmas extremamente retrógrados que negam a realidade atual, lembramos também que a sociedade não tolera abusos sexuais, inclusive aqueles que foram e possivelmente a ainda são cometidos por padres pelo mundo afora. .


Lisandro Cesar Vieira
Professor de História
Vice-Presidente do PCdoB de Guarapuava.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Comissão Politica do PCdoB se reuniu neste sábado

A Comissão Política do Comitê Estadual do PCdoB realizou sua primeira reunião do ano. A pauta ficou por conta das eleições de 2010 e sobre o planejamento e organização do partido visando as conferências municipais, estaduais e principalmente o Congresso Nacional do Partido. O partido deve anunciar nos dias um documento referente ao encontro. A novidade ficará por conta da preposição de um novo e forte candidato a deputado federal pela legenda.

O PCdoB tem plenas condições de obter importantes vitórias em 2010.

Reunião PT Guarapuava

Segundo Rose Mari Gomes, Presidente do Diretório do PT de Guarapuava, o partido tem reunião marcada para dia 21/03 para planejamento e um dos pontos de discussão será a eleição presidencial e a discussão sobre os pré candidatos do PT em Guarapuava e região.

"PASSE LIVRE JÀ"

Estamos acompanhando uma grande movimentação dos estudandes de Guarapuava na reivindicação pelo passe livre para os estudantes. Diga de passagem um movimentação muito bem organizada ,com lideranças preparadas com objetivos e propósitos.
Como ex. lider estudantil lá na década de 90, entendo e apoio esta luta dos estudantes de Guarapuava, e estarei publicando matérias relacionadas ao tema, como por exemplo a movimentação em outras cidades que estão fazendo a mesma campanha como Curitiba.

Até a vitória sempre !

Viva a nossa Juventude

Aguerrida

Combativa

E eternamente rebelde.

E como diria " o que seriam as revoluções se não fossem as idéias rebeldes"

2010: movimentação para 2012

Quem acompanhou o processo eleitoral das eleições em 2008, principalmente os articuladores partidários que iniciaram as conversas ainda no final de 2007, concordavam em um ponto, quando falamos concordavam estamos nos referindo ao grupo dos Silvestres, dos Matos Leão, e demais partidos como PT, PCdoB, PHS. O ponto comum era que desunidos Carli ganharia as eleições. Sendo assim as eleições que estaria em real disputa seria as eleições de 2012, e foi assim que os grupos moveram suas peças neste tabuleiro de xadrez. Agora vemos que Guarapuava terá inúmeros candidatos tanto a deputado estadual quanto federal. Os nomes colocados agora serão os que irão disputar a prefeitura em 2012, quem vai se sobrepor ao carlismo?

Gilson Amaral é federal

Segundo informações recentes o Vereador Gilson Amaral disputará uma vaga para Câmara Federal pelo DEM, e como já havíamos dito irá para o sacrifício para ajudar sua legenda no coeficiente eleitoral, pois para ter chances de se eleger terá que pegar no mínimo 70.000 votos, levando em consideração que na eleição de 2006 o antigo PFL, atual DEM elegeu 5 deputados o que teve menos votos foi CASSIO TANIGUCHI com 67.821. Se esta decisão de Amaral persistir, vai acabar atrapalhando a candidatura de Cezar Silvestre pai, aliados nas eleições de 2008.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Ex-prefeitos de Engenheiro Beltrão e Cantagalo são multados pelo TC

Publicado por Débora Iankilevich
no site :
http://jornale.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=17960&Itemid=56
em 26-Fev-2009


Eles receberão multas administrativas





O Pleno do Tribunal de Contas do Estado do Paraná aprovou na sessão desta quinta-feira (26) a aplicação de multas administrativas contra dois ex-prefeitos de municípios paranaenses – Engenheiro Beltrão (Noroeste) e Cantagalo (Centro-Sul) –, por descumprimento de decisões da Corte. A multa, no valor de R$ 570,73, está prevista no Artigo 87, parágrafo 3º, alínea f da Lei Orgânica do Tribunal (Lei Complementar 113/2005).



As duas decisões descumpridas referem-se a denúncias contra os gestores aceitas pelo Tribunal e que resultaram em sanções. José Dalpont, prefeito de Engenheiro Beltrão no exercício 1997-2000, não cumpriu uma decisão tomada pelo TCE em junho de 2005 (Processo 21723/01).



Nessa decisão, o Tribunal havia determinado que o então vice-prefeito, Antonio Pereira dos Santos, devolvesse o salário que recebeu irregularmente entre março de 1999 e novembro de 2000 como secretário de Saúde, quando também recebia vencimentos como vice-prefeito. A multa administrativa foi aplicada porque Dalpont deixou de executar a dívida do aliado político.



Já o prefeito de Cantagalo no exercício 1997-2000, João Konjunski, deixou de pagar multa administrativa imposta pelo TCE por irregularidades em processos licitatórios (Processo 147885/01). As atuais gestões dos dois municípios deverão cobrar tanto as dívidas originais, cujos valores serão calculados pela Diretoria de Execuções do TCE, quanto as multas administrativas aplicadas na sessão desta quinta-feira.

O processo eleitoral de 2010

Para as eleições de 2010 o quadro ainda continua indefinido, principalmente para governador do Estado. Mas o que a conjuntura política indica até o momento são de que vários candidatos irão disputar o Governo do Estado do Paraná. Um deles é Osmar Dias que contava com o apoio do PSDB de Beto Richa, que possivelmente será um dos candidatos a governador, pois o seu partido o PSDB precisa de palanque eleitoral no Paraná para as eleições presidenciais. Leva consigo o apoio do PPS e DEM, ainda podendo contar com o apoio do PP no Estado, se este não for com Osmar Dias.

Porém, Osmar Dias tem sido sondado por Lula, e conversado com algumas lideranças importantes do PT paranaense. Esta aproximação entre o PT, do ministro Paulo Bernardo, Gleisi Hoffmann, do presidente da Itaipu Binacional Jorge Samek e o PDT de Osmar Dias deixaram muitos caciques do PMDB paranaense descontentes. Ainda mais que o PDT de Osmar Dias é aliado do Governo Lula e que, segundo algumas informações o PT do Paraná deverá priorizar a eleição presidencial de Dilma Rousseff, ou seja precisa de um palanque forte no Paraná. Alguns sinais indicam que Lula acredita ser Osmar Dias uma candidatura interessante para o PT paranaense e consequentemente para Dilma. Em outras palavras Osmar Dias deverá definir se irá compor com a esquerda ou ainda tentar uma reaproximação com o bloco da política tradicional paranaense que dá sinal de querer Beto Richa como candidato.

Todos estes fatos fizeram com que o PMDB tivesse que se movimentar para não perder a aliança de outras eleições entre o PMDB e PT. Assim Orlando Pessuti, começa a intensificar as articulações para que possa ser candidato à sucessão de Requião e com o apoio do PT que ainda não descartou candidatura própria.

Entretanto, a própria lei eleitoral ainda não foi definida para 2010, e esta sendo discutida no Congresso Nacional, algumas matérias discutem se haverá ou não coligação para eleição proporcional (Deputado Estadual e Federal), outras se retornará a cláusula de barreira, só que agora com um percentual proposto de 1%, outras discutem se haverá financiamento público de campanha.Umas das matérias mais polemicas, é a de se abrir uma espécie de “janela” para que políticos com cargos como deputado estadual, federal, senador, possam trocar de partidos num período de 30 dias antes das convenções, algo parecido com “pular a cerca”, o que beneficiaria o “troca troca” de partidos.

Enfim só após estas definições que poderemos ter um quadro mais definido.Ou seja, todas as discussões e articulações passam por estas decisões e como sempre as eleições estaduais são permeadas pela eleição presidencial.

No quadro nacional o que está sendo a novidade até agora é a homogeneidade do PT Nacional em torno do nome da Dilma Rousseff. Porque esta sendo novidade? Porque a direita leia-se PSDB e DEM, acreditavam que o Lula teria dificuldade em definir quem seria o candidato do governo, em função das várias tendências internas do PT que disputariam as prévias ocasionando um desgaste do candidato do governo. Com isso o caminho estaria livre para o retorno da aliança PSDB-DEM para o Palácio do Planalto.

A questão foi que o problema imaginado pela direita se inverteu de lado, agora o é o PSDB quem tem tido desgaste em definir qual vai ser o candidato que enfrentará Dilma Rousseff. Se vai ser o Governador de São Paulo José Serra ou o Governador de Minas Gerais Aécio Neves. Prova disso foi a grande movimentação feita pelo ex Presidente Fernando Henrique Cardoso e a sua proposta do partido já definir neste momento o candidato a Presidente que para ele seria José Serra. Mesmo que para isso tenha que passar por cima do processo estabelecido pelo próprio estatuto do PSDB, ao qual define que o partido deverá realizar convenção para a escolha do candidato.é o medo de uma nova derrota que faz FHC antidemocrático dentro do seu próprio partido.

Para as eleições de 2010 para Senador da República teremos duas vagas em disputa no Paraná. O que indica que teremos muitos candidatos. Alguns já declarados são Roberto Requião pelo PMDB, Abelardo Lupion pelo DEM, Gustavo Fruet pelo PSDB e Ricardo Barros pelo PP. O PT deverá indicar ou Jorge Samek ou Gleisi Hoffmann. Se Osmar Dias não sair candidato a Governador deverá ser candidato ao senado.Além destes temos outros partidos que poderão lançar candidatos como PCdoB. Mas as definições só saíram após definir os candidatos a governador.

Já na nossa região diferentemente da eleição de 2006 deveremos ter muitos candidatos, tanto a deputado federal como deputado estadual. No grupo dos Silvestres teremos Cezar Silvestre tentando reeleição para deputado federal pelo PPS. Seu filho Cezar Silvestre Filho ainda não definiu se sairá candidato a deputado estadual, pois tem receio que sua candidatura em vez de ajudar a candidatura de seu pai, possa atrapalhar nas dobradinhas com outros deputados estaduais, mas demonstra muita disposição para enfrentar Fernando Carli Filho que disputará a reeleição a deputado estadual pelo PSB. O grupo do atual prefeito deverá lançar outro candidato para federal para fazer frente a candidatura de Silvestre pai , podendo ser a vereadora Maria José do PSDB.

No grupo dos Matos Leão, teremos a candidatura a reeleição de Artagão Junior a deputado estadual pelo PMDB, que segundo alguns analistas, sua bancada do PMDB terá grandes dificuldades em eleger os atuais 14 deputados estaduais que possuem na Assembléia Legislativa. Este grupo ensaia a candidatura a deputado federal de Leonardo Matos Leão que foi candidato a prefeito em 2008. Outro que almeja sair candidato é o atual Presidente da Câmara Municipal de Guarapuava Admir Strechar que dependerá da vontade do comandante mor do grupo o conselheiro do Tribunal de Contas Artagão de Matos Leão.

Outro que tem feito inúmeras articulações é o ex prefeito de Guarapuava Vitor Hugo Burko, que no ano passado filiou-se ao PV, segundo informações disputará as eleições, porém, ainda não definiu se vai ser para deputado estadual ou deputado federal.

Além destas candidaturas ligadas aos grupos tradicionais teremos outras candidaturas . Entre elas do PT, que deverá definir quem serão seus candidatos nas eleições internas, alguns nomes naturais são do atual vereador Antenor Gomes de Lima, e Celso Góes, se permanecer no PT. Além de outros nomes que sinalizaram disponibilidade de disputar as prévias internas do partido.

Outro que declarou que disputará as eleições em 2010 é o vereador do DEM, Gilson Amaral, não definiu se estadual ou federal, o que indica é que deverá ir para o sacrifício se quiser permanecer com o DEM de Guarapuava, deve sair candidato para ajudar na legenda do DEM.

Levando em consideração o próprio processo eleitoral de 2008, alguns partidos demonstraram crescimento e poder de organização o que se desdobrará em novas candidaturas para 2010. Entre eles destacamos dois deles: o PHS, que elegeu a vereadora Eva Schran, e conta com uma boa estrutura partidária, ou seja tem condições de lançar candidatos tanto a estadual quanto a federal. .

Destacamos também o PCdoB, que no ano de 2008 teve grande poder de mobilização, principalmente entre a juventudes. Além disso o PCdoB esta ajudando a desenvolver grandes discussões em toda a região. È o partido que defende o Passe Livre para os estudantes que esta na pauta das discussões em Guarapuava para este ano de 2009. O PCdoB guarapuavano deverá lançar candidato a deputado estadual seguindo uma orientação da direção estadual partidária que tem como meta o lançamento de várias candidaturas em todo o Estado, o que possibilitará e eleição de deputados comunistas.

Não podemos esquecer do eterno candidato Guaracy Ribas, que com certeza colocará seu nome disponível a uma vaga, só ainda não deve ter definido qual cargo disputará.

Enfim no campo político sempre temos surpresas e nas eleições de 2010 não vai ser diferente é esperar para ver, mas uma coisa temos certeza que será diferente, a não presença de um candidato que participou de todas as eleições presidenciais diretas após a ditadura militar .Onde muitos se acostumaram a votar em Luis Inácio Lula da Silva, nas eleições de 1989, de 1994, de 1998, de 2002 e de 2006, isto será diferente.

Lisandro Cesar Vieira

Eleições 2010

Em vista de que as eleições de 2010 se aproximam, estaremos atentos as movimentações politicas tanto estaduais quanto federais. E para começar publicarei um texto que analisa a conjuntura politica atual.

È verdade senhor Presidente do STF

O Presidente do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes declarou ontem que esta faltando ação do Ministério Público para coibir ações ilegais no campo e que há lei que proíbe o governo federal de subsidiar entidades que promovam invasões. O problema é que o mesmo não ocorre por parte do judiciário em punir os verdadeiros corruptores deste país, que desviam milhões de reais dos cofres públicos que fazem só aumentar as desigualdades existentes.
Os grandes corruptos do Brasil, recorrem a quem para não serem ou não ficarem presos, exatamente ao STF que nos últimos anos foi e é a salvação dos maiores bandidos do Brasil, como Salvatore Cacciola, Daniel Dantas, entre outros. Segundo o presidente do STF todos estão sujeitos a leis. Entretanto vemos ele próprio dar habeas corpus para grandes banqueiros e políticos influentes, será que estes não tem que estar subordinados as leis, ou existe alguma “vantagem” para quem é complacente com eles?
Recentemente Mylton Severiano publicou na sua coluna Enfermaria da Revista Caros Amigos alguma informações interessantes sobre Gilmar Mendes, que gostaria de compartilhar:

“a Suprema Corte deste país é presidida por um empresário, cujos interesses pecuniários se satisfazem muito graças a sua alta posição no reino judiciário .Já chegaria para embrulhar o estômago, não? Mas os estômago vira de vez com certos detalhes. Gilmar tem participação no controle acionário do Instituto Brasiliense de Direito Público, IDP, que desde 1998 organiza palestras, seminários, treinamentos, cursos superiores, e faturou entre 2000 e 2008 quase 2 milhões e meio de reais em serviços prestados a órgãos federais, tudo contratado sem licitação. Entre os professores do IDP figuram advogados de peso, com ações que correm no STF presidido pelo empresário Gilmar; ministros de Estado e de tribunais superiores, inclusive colegas de Gilmar no STF- Carlos Alberto Direito, Carmem Lucia Rocha, Carlos Ayres de Brito, Eros Grau, e Marco Aurélio Mello. Tem mais coisas de engulhar, mas chega.

Concordamos senhor Presidente do STF que a lei deve ser seguida, e que o Ministério Público deve investigar estas contratações sem licitações e além disso continuar investigando um possível encontro num restaurante japonês de Brasília entre um assistente seu com um advogado de Daniel Dantas,isso mesmo aquele a quem o Presidente empresário concedeu dois habeas corpus.

Lisandro Cesar Vieira